Índice Global de Inovação - Desafios do Brasil
- VECTOR Consultants - E.Moreno
- 28 de set. de 2023
- 2 min de leitura

Brasil avança 5 posições, lidera na América Latina, mas ainda se encontra em 49º lugar no Índice Global de Inovação – IGI.
Entre 2022 e 2023, o Brasil ganhou cinco posições e voltou a figurar entre as 50 economias mais inovadoras do mundo após 12 anos, segundo dados do Índice Global de Inovação (IGI), divulgados na quarta-feira (27) pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual - OMPI (WIPO, na sigla em inglês), em parceria com o Instituto Portulans e o apoio da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI).
Agora, na 49º posição entre 132 países pesquisados, o Brasil assumiu a liderança na América Latina, ultrapassando o Chile.
Contudo, e na avaliação do presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, mesmo com o ganho de posições pelo terceiro ano consecutivo, o Brasil está aquém do potencial do país, que hoje tem a 10ª maior economia do mundo. A melhor posição do Brasil no Índice de Global de Inovação foi em 2011, quando alcançou o 47º lugar.
Embora os avanços devam ser comemorados como importantes, a posição brasileira ainda é mediana entre os 132 países pesquisados, em termos de inovação. Isso vale dizer que o índice inclui economias de pouca expressão competitiva no mercado global, como os pares do Brasil na América Latina, mas excessivamente distantes dos países mais competitivos como os Estados Unidos, Reino Unido, Singapura, Holanda, Alemanha e Coreia do Sul (que fazem parte do top 10 em inovação no IGI) e de outras economias competitivas como as da China, Japão, França, Itália e Canadá.
A posição do Brasil demonstra então a necessidade premente de promoção da reindustrialização do país em bases realistas de um mercado aberto para poder competir no mercado global.
Para o professor Glauxo Arbix da Universidade de São Paulo (USP), em entrevista à Revista Indústria Brasileira, há uma necessidade de que as empresas industriais do país avancem na inovação, nas práticas de sustentabilidade e na qualificação para elevar a competitividade do setor. Lembra ainda o professor que a indústria brasileira precisa ser renovada com base em objetivos distintos daqueles existentes nas políticas industriais do passado, visto que o mundo, cada vez mais globalizado e competitivo, vive um novo ciclo tecnológico enquanto a nossa indústria ainda se encontra em atraso em relação às principais economias
globais.
Nesse sentido, voltamos a dizer: Se há ou não um projeto adequado ao desafio da reindustrialização do país, as empresas brasileiras precisam antecipar suas políticas em uma perspectiva de construção de seus próprios destinos, sob o risco de ficar para trás. Para isso, considerar as necessidades de se avançar na inovação, nas práticas de sustentabilidade e qualificação para se criar competências é chave para o enfrentamento desse desafio.
--
Fale conosco e saiba mais como é possível se criar e fortalecer a cultura corporativa da inovação em prol da competitividade.

Opmerkingen