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Para refletir: Como foi o seu trabalho em 2023? “Are you working hard or hardly working?”

Atualizado: 15 de jan. de 2024


Ser um ótimo profissional ou ter qualidade de vida. Há escolha?


Ponha o talento das pessoas para trabalhar!


É bastante antigo e difundido o conceito QVT (Qualidade de Vida no Trabalho), portanto, já se tornou uma prática bastante presente nas empresas que buscam elevar o nível de satisfação de seus colaboradores como meio de promover melhorias no ambiente e nos resultados corporativos como um todo.


Obviamente, não estamos falando apenas de pequenas gentilezas e de um bom ambiente físico para se trabalhar, mas muito mais de como o talento de cada um pode fazer a grande diferença no sucesso profissional e na qualidade de vida das pessoas.


Mesmo com tantos avanços em QVT, por incrível que possa parecer, há ainda quem pensa que necessariamente as pessoas precisam abrir mão da qualidade de vida para ser reconhecidas como profissionais competentes. Há também pessoas influentes que defendem que as pessoas não têm escolha: “ou é um ótimo profissional ou tem qualidade de vida!” Existe nisso, obviamente, uma falsa dicotomia, mas em um mundo de acirrada competição, não são poucos também aqueles que acreditam que o preço do sucesso profissional seja os sacrifícios na sua vida pessoal.


Esse juízo, naturalmente, não é por acaso, pois culturalmente ainda vemos o trabalho como algo enfadonho ou penoso - especialmente quando relacionado às necessidades de sobrevivência, ao baixo padrão de produtividade e à baixa qualidade de vida no trabalho - portanto, o trabalho parece incompatível com os benefícios que o ócio poderia proporcionar à vida privada, ao lazer e às relações das pessoas com as suas famílias. Aliás, etimologicamente, o termo “trabalho” vem do latim tripalium, o que representa um mecanismo propositadamente construído para provocar tortura e sofrimento. Com o tempo, o termo “labor” foi introduzido para substituir o étimo “trabalho” em razão de suas referências com a tortura. No entanto, o liame de sofrimento foi mantido no novo termo (labor) por razão dos longos períodos de exploração desmedida dos trabalhadores, ambientes hostis e insalubres, trabalho escravo e exploração do trabalho infantil; coisas que infelizmente ainda persistem nos dias de hoje, em especial ambientes corporativos tóxicos.


Atualmente, também são fortes as correntes do pensamento de que “o trabalho duro vence o talento”, uma crença de que as pessoas podem vencer apenas com o trabalho, pois "o trabalho enobrece!". Exemplos não faltam de executivos que venceram dando duro no trabalho, muitos de forma obsessiva de um workaholic, levantando cedo e dormindo tarde, colocando a vida privada e a família em segundo plano. Situações que inspiraram tema e enredos de bons filmes, como o "Cidadão Kane" (1941) que relata (ficção) a fascinante história de um magnata que tinha uma grande paixão pelo jornalismo, mas também obsessão por conquistar o amor de todos os que o rodeavam. Com o mundo a seus pés, ele conseguiu tudo o que o dinheiro pode comprar, mas no fim se apega à simplicidade de um trenó barato de infância como essência da felicidade de toda a sua vida. Já o filme "Arremessando Alto" (2022), enfatiza uma concepção de que "A obsessão ganha do talento, todas as vezes" como o suficiente para o sucesso.


Mas poucos deles mostram o quanto o sucesso esteve condicionado ou não a um talento para determinado trabalho ou negócio. É certo que não há vitória sem esforço, como também podemos afirmar que só talento pode não ser suficiente. Assim, parece mais correta a afirmação de muitos pensadores sociais de que o trabalho duro com talento é que faz o diferencial, tanto para os resultados profissionais e corporativos como também para a qualidade de vida das pessoas.


Há uma expressão que muitos executivos americanos usam que pode ajudar explicar um pouco mais sobre isso. A expressão “Are you working hard or hardly working?” (tradução literal: Você está trabalhando duro ou trabalhando arduamente?) traz um sentido muito especial para fazer com que as pessoas reflitam se estão apenas trabalhando arduamente ou trabalhando duro (dando o melhor) no que fazem com talento, uma referência de que o trabalho sempre será mais produtivo e prazeroso se conduzido com talento, com propósito e significado para a vida pessoal de quem o executa e para a corporação como um todo. Assim, vale perguntar sempre para si mesmo: I’m working hard or hardly working?


Se alguém está insatisfeito com algumas tarefas ou trabalho por que lhe traz um esforço acima do esperado, não basta investir mais horas de trabalho porque isso não garantirá o melhor resultado e tão pouco sucesso profissional e, menos ainda, qualidade de vida. Delegar (mas não empurrar!) esse trabalho para quem tem mais talento faz parte de uma receita que podemos chamar de gestão criteriosa com a produtividade e a satisfação no trabalho. As pessoas devem se ocupar de tarefas estratégicas que lhe dão mais satisfação. Isso faz parte do trabalho duro, mas com talento de quem quer buscar o melhor resultado e satisfação para si, para as equipes e a para a empresa como um todo.

O repensar de quanto e do como as pessoas estão mais engajadas em "working hard" ou em "hardly working" nas empresas é uma questão não só pessoal, mas também uma tarefa nobre dos líderes autênticos que se preocupam com a crescimento pessoal e profissional dos colaboradores. O "hardly working" representa perdas de produtividade para as empresas e um forte sentimento das pessoas de que, apesar de um grande esforço e trabalho duro, suas condições imitam à vida de Sísifo, mito grego que foi condenado a executar eternamente um trabalho rotineiro e cansativo sem produzir resultados que pudessem melhorar as suas condições de vida.


Nesse sentido, não é à toa que o design thinking, uma das 10 principais tendências no mercado mundial de Gestão de Competências, aparece como uma alternativa eficiente para melhorar os métodos de trabalho, permitindo que as pessoas foquem e se engajem no que é mais prazeroso e importante para si e para a empresa. Para tanto, clareza de propósito, senso de pertencimento e significado do trabalho para a vida pessoal e corporativa são condições para que o talento se destaque passe a trabalhar. O trabalho duro vence o talento quando o talento não trabalha duro.


Nós trabalhamos com Desenvolvimento de Talentos nas empresas já há alguns anos, o que nos deu provas mais do que suficientes de que, para se tornar em um ótimo profissional, a pessoas precisa estar inteira com ela mesma e usar o máximo do seus talentos e competências para garantir o máximo de qualidade que entrega.


O "bom" chefe é aquele que começa o trabalho às 7:00 e sai às 22:00 horas e vive cobrando resultados mesquinhos dos seus subordinados para somar aos seus. O bom líder é aquele que a cada dia se demonstra mais prescindível para a sua equipe, na medida em que se ocupa em estimular as pessoas para que desenvolvam cada vez mais seus talentos afim de produzir bons resultados e obter qualidade de vida para si e para a empresa.

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"Tome cuidado com o vazio de uma vida ocupada demais". SÓCRATES


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