Reindustrialização: por que as empresas precisam se reinventar para poder competir
- VECTOR Consultants - E.Moreno
- 10 de set. de 2023
- 2 min de leitura

"As empresas industriais do país precisam avançar na inovação, nas práticas de sustentabilidade e na qualificação para elevar a competitividade do setor e poder competir" (Glauxo Arbix, professor da USP)
Quando se fala em desenvolvimento econômico, vem sempre à nossa cabeça a importância de políticas públicas de qualidade, em particular as voltadas à reindustrialização do país. Contudo, nem sempre as empresas podem contar ou esperar por políticas capazes de criar ambientes mais favoráveis para os investimentos. Por isso, a sobrevivência das empresas está cada vez mais condicionada à forma como elas respondem ou se adaptam ao ambiente externo em um mundo progressivamente mais globalizado e competitivo.
Se há ou não um projeto adequado ao desafio da reindustrialização do país, as empresas precisam antecipar suas políticas em uma perspectiva de construção de seus próprios destinos, sob o risco de ficar para trás. Para isso, considerar as necessidades de se avançar na inovação, nas práticas de sustentabilidade e qualificação para se criar competências é chave para o enfrentamento desse desafio.

O professor Glauxo Arbix da Universidade de São Paulo (USP), em entrevista à Revista Indústria Brasileira, enfatiza essa necessidade de que as empresas industriais do país precisam avancar na inovação, nas práticas de sustentabilidade e na qualificação para elevar a competitividade do setor.
Lembra o professor que a indústria brasileira precisa ser renovada com base em objetivos distintos daqueles existentes nas políticas industriais do passado, visto que o mundo, cada vez mais globalizado e competitivo, vive um novo ciclo tecnológico enquanto a nossa indústria ainda se encontra em atraso em relação às principais economias globais. E para se diferenciar da base antiga, além de uma política industrial voltada para uma economia mais aberta, é preciso incorporar novas metodologias, instrumentos e tecnologias e qualificar as pessoas para um mundo diferente. Daí, provomer mudança no modo de pensar os negócios, em uma visão de futuro, pode ser determinante para a sobrevivência e perenidade das empresas.
Lembra ainda que, no geral, temos um parque industrial de baixo desempenho onde a competitividade e a produtividade da nossa indústria são muito baixas. Para o professor, isso significa que temos muita dificuldade para competir no mercado internacional e para produzir bens mais sofisticados que o mundo, os consumidores e os mercados exigem. “Se não tivermos essas competências, vamos ficar ainda mais para trás”, diz Arbix, reforçando que as empresas precisam focar em uma política industrial desses novos tempos. “O mundo digital está aí e precisamos focar nas tendências para não nos pautarmos por uma visão de curto prazo, que não nos permita pensar na elevação do patamar de competitividade das empresas”.
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