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Pós “Grande Demissão”: Talentos ainda estão indo embora?


O isolamento social intensificou e expôs de vez os problemas nos ambientes de trabalho, até então negligenciados ou, digamos, pouco valorizados nas relações trabalhistas.



Talentos ainda estão indo embora?

Pelo que apresentou o estudo do LinkedIn e da Microsoft parece que sim. O estudo revela que o percentual de trabalhadores que querem mudar de trabalho é maior do que em 2021, durante o movimento de demissões, a “Grande Demissão”, segundo a Revista Fortune.


2021 foi um ano marcado por um movimento sem precedentes de demissões em todo mundo. Só nos Estados Unidos, cerca de 47 milhões de americanos deixaram os seus empregos buscando novos ambientes e oportunidades de trabalho.


À época, as apostas eram sempre em direção de que o modelo de trabalho remoto seria vantajoso para os empregados e para as empresas, visto que conjugava interesses de isolamento social e as apostas das empresas de elevar a produtividade, particularmente pela economia projetada com espaços menores de escritório. Bem, a realidade se demonstrou bastante diferente, em particular pelo elevado nível frustrações de empregados e empregadores. Pesquisas realizadas, como a da Gallup Poll, demonstraram que o engajamento dos colaboradores na pandemia despencou significativamente e o descontentamento dos colaboradores com o trabalho tomou proporções até então não imaginadas. Com isso, podemos dizer que não foi a pandemia a causa única dos problemas, mas o isolamento social intensificou e expôs de vez os problemas nos ambientes de trabalho, até então negligenciados ou, digamos, pouco valorizados nas relações trabalhistas.


Entre os principais fatores da “Grande Demissão” estiveram a redução do sentido de pertencimento (isolamento quanto o destino e propósito corporativo) e o descontentamento com salários, que levaram talentos a novas escolhas.


Agora, em meados de 2024, as pesquisas indicam que o movimento de demissão não só se mantém como cresce. A mesma pesquisa do LinkedIn e da Microsoft descobriu que o percentual de pessoas que desejam abandonar seus empregos no próximo ano é, na verdade, superior a 2021, com 46% contra 40%. Já a pesquisa a PwC identificou que um em cada cinco funcionários no mundo todo planeja mudar de emprego.


Tais dados levam à uma questão crítica: Se estamos voltando aos ambientes corporativos de trabalho e com um número sem precedente de mudança de emprego, o que motiva a extensão do movimento das demissões?

O primeiro motivo (e talvez o mais importante) seja o fato de que as pessoas que mudaram de emprego em 2022 agora relatam estar menos satisfeitas no trabalho do que aquelas que não mudaram, segundo pesquisa do Conference Board, Inc. Por mais, pesquisa da RH Paychex identificou que 80% das pessoas que mudaram de emprego no mesmo período se arrependeram.


Novamente uma questão crucial: por qual razão do arrependimento de um número tão representativo de pessoas que mudaram de emprego? Frustrações quanto às expectativas com o novo emprego servem de principal argumento.

Ambas pesquisas sinalizam que aqueles que foram atraídos por grandes aumentos salariais durante a pandemia podem não ter levado em consideração outros aspectos importantes do trabalho, segundo a Revista Fortune.


Assim, outros motivos que levaram à mudança, em especial as expectativas (agora frustradas) em relação a um ambiente de trabalho que trouxesse maior valorização das pessoas que pudessem despertar nelas um maior senso de pertencimento, engajamento e satisfação pelo que fazem.


O pós pandemia nos trouxe novas perspectivas e desafios na gestão de talentos, mas o que muitas pesquisas indicam é que, na prática, as dificuldades ainda são grandes, em especial nas empresas que não têm uma forte cultura de aprendizagem e inovação (desenvolvimento de talentos) que, de maneira comum, permite as melhores taxas de retenção e atração de talentos, especialmente quando aliada à uma política de comunicação eficiente sobre propósitos. A razão é bastante simples: As pessoas são muito mais propensas a investir emocionalmente (ou se envolver) na empresa quando sentem que a empresa está investindo nelas” (Ali Knapp, presidente da Wisetail). Para tanto, criar e comunicar oportunidades de crescimento é essencial para que as pessoas possam conhece-las e saber como chegar lá.

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