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Por que a crise trouxe mudanças profundas no perfil de liderança.

Atualizado: 25 de ago. de 2021

Cenários de incertezas e turbulências no mundo dos negócios aceleraram mudanças nos padrões de liderança nas companhias

Da mesma forma que a atual crise mexeu profundamente com os negócios, elevando as incertezas, um novo perfil de liderança se demonstrou necessário para lidar com a urgência com que as mudanças de hoje exigem e conduzir as transformações que os negócios de futuro requerem.


Mesmo com as expectativas de superação da pandemia, as incertezas não só persistem como também podem ser extremas. Esse cenário tem levado a uma percepção de que a liderança também está em um processo de significativas mudanças. Todo mundo sabe que as relações com consumidores e colaboradores mudaram muito na pandemia e isso fez com que os líderes fossem testados em suas habilidades de lidar com situações inteiramente novas e surpreendentes. Do espaço físico de venda/atendimento ao atendimento digital, do trabalho local monitorado ao trabalho remoto; essas e tantas outras situações desafiadoras que deixaram muitas empresas pelo caminho.


No entanto, diante disso e das expectativas, quais seriam os novos atributos da liderança do futuro e quanto serão diferentes dos de hoje? Para responde-los, o Pensar Estratégico será um exercício fundamental que poderá determinar o destino das organizações. O certo é que as mudanças têm sido não só mais presentes, mas também incisivas e transformadoras para os negócios. Nesse exercício, perguntas valem muito mais que respostas, em particular em um mundo repleto de incertezas.


Quais as mudanças globais que conformam o mundo capitalista e os negócios do futuro? Qual será o papel ou influência dos consumidores e da sociedade nessas transformações? Então, as respostas para essas e outras importantes perguntas formarão os paradigmas que sustentarão ou não os negócios.


De um modo comum, o Pensar Estratégico tem derrubado velhos paradigmas, o que tem levado muitas companhias a transformar e até mesmo reinventar os seus negócios. As histórias mais marcantes são aquelas de erros estratégicos importantes que levaram muitas marcas à beira da falência. Recorrente por ser emblemático, o caso da Kodak que não percebeu a influência da evolução digital em seu produto de sucesso, a película fotográfica.


Paradigmas são importantes na orientação dos negócios e, diante das mudanças mais aceleradas em mundo de conturbações, a cultura de se pensar estrategicamente, é uma exigência para quem quer continuar progredindo. O Pensar Estratégico já tem derrubado muitos paradigmas e reformulado muito outros, em especial quanto os negócios de futuro.


A Sustentabilidade nos negócios, por exemplo, já há algum tempo entrou na pauta das empresas, pois tem sido reconhecida como uma questão determinante para quem quer avançar. Negligenciar os requerimentos de sustentabilidade ambiental e social, que atendem anseios da sociedade, consumidores e colaboradores, é condicionar a missão da organização a um único e perigoso propósito: o de gerar lucros aos investidores como fim. O novo paradigma é que, diante à nova realidade de mercado, o atendimento dos interesses das partes envolvidas – os stakeholders – é uma condição básica para sobreviver e evoluir. O velho “Contrato Social” já não serve mais como único basilar das relações societárias.


Infelizmente, para muitos líderes e empresas, os conceitos de competividade e sustentabilidade não são necessariamente interdependentes e, em muitas vezes, são tidos como antagônicos por entender que investimentos em sustentabilidade (seja ambiental ou social) são gastos que pouco ou nada impactam na reputação e nos resultados financeiros das empresas.


Para muitas outras empresas de baixa consciência, o tema sustentabilidade não tem sido objeto de ações concretas, por acreditar que mais vale o poder de marketing, diante das dificuldades rasteiras dos consumidores em avaliar as marcas no ato de compra – onde também se aposta que o preço ainda é a principal condição de escolha -, as práticas de greenwoshing ainda valem a pena, mesmo diante do risco de caracterização de propaganda enganosa. Uma visão curta e imediatista, deslocada dos princípios norteadores dos negócios de futuro, nos quais o Pensar Estratégico em volta de ecossistemas nos negócios é um conceito que deve fazer parte da estratégia de evolução das organizações. Responsabilidade socioambiental exige visão de futuro e, necessariamente, novos paradigmas e novos padrões de liderança.


A liberdade econômica, mesmo que ainda vista como responsável por muitas mazelas e descontentamentos por não ter como fim a equidade, é o principal agente de geração de riqueza e melhoria das condições de vida da humanidade. E o que se deslumbra com isso é que o capitalismo tende a ser transformado pelos negócios que buscam nas relações com os consumidores e a sociedade o propósito da sustentabilidade socioambiental como condição de geração de reputação e valor.


Assim, os líderes das companhias são cada vez mais desafiados a buscar as melhores respostas às demandas dos stakeholders (as partes relacionadas aos negócios) o que leva a questionar o quanto as experiências acumuladas até então têm sido suficientes ou não para o enfrentamento dos novos desafios. Companhias orientadas por propósitos naturalmente são as que encontram com mais facilidades as respostas.


Propósito traz o desafio permanente da inovação e do Pesar Estratégico como meio de alcance dos objetivos. Novos paradigmas abrem luz ao caminho a seguir e reconhece com mais clareza os desafios de liderança.


Assim, diante às mudanças e incertezas cada vez mais presentes, a qualidade requerida dos líderes tem migrado da resiliência (voltada à capacidade recomposição dos negócios) e benevolência (voltada aos ambientes de proteção e afastamento de conflitos) para capacidade de atenção, onde ser atencioso representa disposição de ouvir e dialogar sobre novas ideias (novas perguntas valem mais do que velhas respostas) firmando o propósito de fortalecer uma cultura de conhecimento e de inovação, essencial para um mundo de maiores incertezas.


Atenção representa assim o abandono de conceito de que o bom líder é convicto e transmite segurança às suas equipes.

Em troca, a aceitação de que confiança, respeito e comprometimento dependem muito mais da compreensão de que o propósito e seus desafios são de todos. Por mais, bons líderes certamente compreendem que não têm todas as respostas e que a diversidade cognitiva traz sempre os melhores resultados. Por mais, em uma nova era de circunstâncias voláteis, a confiança deixa de ser apenas uma questão pessoal entre líderes e liderados para se tornar em um dos princípios básicos de uma cultura de inovação: o direito e a coragem de experimentar, onde os erros são considerados parte essencial do processo de aprendizado.


Inteligência emocional ganha espaço onde os ambientes requerem maior transparência e franqueza. Fazer parte do propósito e de seus desafios traz às pessoas o sentimento de pertencimento, essencial para o comprometimento às causas corporativas.

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