ESG e a Cultura da Inovação caminham para a convergência

"Uma empresa sem estratégia faz qualquer negócio"

Michael Porter

ESG e Cultura da Inovação são temas já bastante debatidos e mesmo incorporados à pauta de atuação dos Conselhos de Administração das empresas, sejam elas de capital aberto ou fechado. No entanto, os temas do ESG parecem ainda mais incipientes em relação aos da inovação, muito embora nem todas as empresas tenham desenvolvido o suficiente uma cultura da inovação para que possa levar as empresas a se reinventar.

O ESG chega, não só como uma imposição de mercado - particularmente pelos investidores e exigências dos consumidores - mas como uma grande oportunidade de valorização de marcas e ganhos de competitividade.

Hoje, dadas as dificuldades com de definição de estratégias de ESG, muitas empresas entendem que ESG e Inovação são coisas que devem ser conduzidas paralelamente ou mesmo "lado-a-lado". No entanto, não há como dissociar inovação de ESG, pois muitos avanços em ESG se devem mesmo à inovação. Vale considerar que inovação não é autônoma e tão pouco um acidente, muito embora muita coisa boa surgiu ou surge por acidente; mas só se percebe a evolução quando a persegue.

Assim, os processos de inovação não podem caminhar em paralelo ao ESG, pois inovação e ESG precisam ser convergentes. Ou seja, na prática tendem a se encontrar na medida em que a cultura corporativa da inovação percebe os desafios que a consciência corporativa de ESG impõe, em especial diante de uma nova realidade de mercado, onde a sustentabilidade socioambiental é um fator preponderante para a competitividade. Creia: o seu concorrente não pretende esperar por decisão de seu Conselho de Administração.

O pensar estratégico do ESG tem colocado muitas empresas a se reinventar. É aí que a Cultura da Inovação das empresas poderá demonstrar o quanto está preparada para os novos desafios que o mercado impõe.

A estratégia faz uma grande diferença.