Economia Comportamental. Mais essa?
- E.Moreno
- 6 de nov. de 2024
- 2 min de leitura

A Economia Comportamental é o caminho mais próspero da inovação e de se criar valor, pois foca no que é mais humano possível nas decisões econômicas das pessoas: os fatores psicológicos, sociais, emocionais e cognitivos.
O conceito de economia comportamental não é tão novo assim, mas, sem dúvida, continua sendo surpreendente. Mesmo com a evolução sem precedentes no campo da administração para gerar valor nas organizações, a economia comportamental ganha um espaço especial, visto que foca no que é mais humano possível nas decisões econômicas das pessoas: os fatores psicológicos, sociais, emocionais e cognitivos que influenciam decisivamente nas decisões.
A defesa em prol da economia comportamental é que as pessoas não são sempre racionais e que suas decisões são moldadas por hábitos, emoções, medos, ilusões e experiências.
O efeito disso é que o lado comportamental cria determinados "vieses de decisão humana", onde a irracionalidade inerente leva à uma forte tendência à aversão ao risco. Tudo parece bastante contraditório, pois seria a aversão a riscos um efeito da irracionalidade ou da racionalidade? Afinal, é razoável entender que, culturalmente, ser racional é ser parcimonioso, onde, em especial no ambiente econômico, os conceitos de austeridade e autocontrole se confundem. Inversamente, o irracional é reconhecido como sinônimo de ausência de razão, de lógica, de clareza de ideias, de pensamentos, o que, sendo assim, faz da decisão humana um desastre antecipado.
Na economia comportamental, o conceito de racionalidade vai ao encontro da lógica de que ser racional é buscar o maior aproveitamento possível das oportunidades de geração de valor e que a aversão ao risco não é nada racional. E por ser assim, a irracionalidade das pessoas cria vieses críticos que afetam as decisões econômicas da empresa como um todo.
É difícil mudar a natureza humana, mas as organizações podem estar cientes desses vieses, e entender a irracionalidade inerente de como as pessoas tomam decisões é vital para o futuro dos negócios. Por outro lado, lidar com e combater esses vieses podem ser objeto de planejamento, onde, dentre as escolhas, a de elevar a diversidade cognitiva, que é seguramente a estratégia mais auspiciosa para redução da aversão ao risco e a promoção da inovação.
Com isso, as empresas podem encorajar os gestores a assumir mais riscos incrementais e alocar recursos em projetos de maior ousadia e que possam criar mais valor para as empresas.
O Pensar Estratégico tem um papel importante nisso tudo. Não bastam mais tecnologias prescritivas e da previsibilidade; entender como tomamos decisões e quais os vises que estão envolvidos é vital para o futuro das organizações por ser um grande diferencial em um mundo cada vez mais competitivo.
Bem por isso, atributos das human skills são essenciais para a economia comportamental das empresas, a começar nos Conselhos como indutores de pensamento estratégico.
Saiba mais como construir estratégias de enfrentamento dos vieses nas decisões corporativas e gerar mais valor.
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