Como vai a saúde organizacional de sua empresa?
- E.Moreno
- 28 de out. de 2024
- 2 min de leitura

Propósito e comunicação assertiva permitem trazer de volta o senso de pertencimento.
Quantos vezes ouvimos colaboradores dizendo: "o que eu tenho a ver com isso? - ao perceber sinais que a companhia não está indo muito bem. A resposta mais óbvia poderia ser: "É o seu emprego que está em risco, 'estúpido'!"
Mas não é penas isso. Certamente vai muito além de alguma posição pessoal. Para os líderes, esses questionamentos representam a mais forte evidência de que a saúde organizacional não vai bem e que pode estar se deteriorando a largo prazo.
Quando isso acontece, os diagnósticos acabam apontando para o que é mais recorrente: a perda do senso de pertencimento das pessoas e, consequentemente, o abandono de propósito. E esses têm sido os principais motivos do crescente movimento de migração de talentos, quando as pessoas estão preocupadas em alcançar maior propósito em suas vidas, quando perguntam para si mesmas: O que eu estou fazendo aqui?
O mercado está cada vez mais acirrado pela disputa de talentos, ainda mais influenciado pelo crescimento do mercado de empregos e aumento de salários, esses, mesmo diante das persistentes perdas de produtividade no trabalho. Estimativas mostram que o rendimento habitual médio real em abril deste ano foi 6,8% superior ao valor de abril do ano anterior, enquanto o FGV IBRE já aponta uma perda de 3,0% produtividade no trabalho em 2024.
Quando isso se replica nas empresas, afetando o desempenho de longo prazo, é por que a saúde organizacional não vai bem. E os diagnósticos mais comuns e observáveis indicam para ambientes tóxicos, de baixa autoestima das equipes, perda de propósito, reduzido comprometimento com resultados, baixo senso de pertencimento, indiferenças (e eu, o que eu tenho a ver com isso?) e muito mais.
Também não se pode deixar de lembrar da força de contágio que o ambiente tóxico proporciona e alcança todos os níveis hierárquicos da empresa, quando são reforçados os modelos mais autoritários e menos amigáveis. Quem não já ouviu algum chefe dizendo: "Não me traga problemas, me traga soluções; problemas eu já tenho demais" ?. Como fosse possível acreditar que os problemas fossem apenas de uns e não de todos.
Líderes que escapam dessas armadilhas são sempre aqueles que buscam fazer com que as organizações se alinhem em torno dos propósitos corporativos e dos interesses pessoais mais autênticos. Para isso, trocar a comunicação impositiva pela assertiva é primordial. Uma cultura que se renova ao longo do tempo e que permite trazer de volta o senso de pertencimento: CONTE COMIGO!
Commentaires