Como o ecossistema está evoluindo no mundo dos negócios
- VECTOR Consultants - E.Moreno
- 20 de ago. de 2021
- 2 min de leitura
Quem resistir a ele poderá ficar pelo caminho
Texto adaptado de “The case for stakeholder capitalism” - McKinsey & Company

É inegável que a economia de livre mercado é uma das razões mais importantes para a criação de riqueza e a melhoria da qualidade de vida da humanidade. No entanto, há ainda desconfiança e descontentamento com o capitalismo e o papel dos negócios em muitas sociedades. Pesquisa (Barômetro Edelman Trust) junto a 34.000 pessoas (publicada em janeiro de 2020) apontou que 56% delas acreditavam que o capitalismo está fazendo mais mal do que bem globalmente, com maiorias em 22 dos 28 mercados pesquisados.
As razões não são reveladas, mas há mesmo fundamentos consideráveis pelo descontentamento, em especial pela percepção geral de que, a despeito do grande progresso econômico das nações capitalistas, nem sempre os avanços econômicos estão assegurando o progresso social mais equitativo à sociedade.

Como players econômicos, os negócios são diretamente afetados pelos interesses da sociedade, em particular quanto aos conceitos e/ou visão dos consumidores quanto à responsabilidade das empresas. Elas não podem ficar fora dessa realidade, mesmo que queiram ou que pensem que não possuam responsabilidade com equidade social, pois os consumidores e a sociedade quererem muito mais dos negócios.
A mudança cultural nas empresas vem com uma maior compressão de seus líderes de que o mundo dos negócios mudou e continua mudando de forma acelerada e com implicações cada vez mais determinantes para o futuro dos negócios. Nesse cenário, práticas de ESG (ambiente, social e governança) passaram ser exigência dos investidores e, na esteira, uma preocupação também dos consumidores.
No caminhar, o velho conceito de stakeholders (partes interessadas aos negócios de uma empresa) evolui, valorizando não apenas os interesses dos acionistas, mas também dos clientes, fornecedores, trabalhadores e comunidades. O termo comum para isso é “capitalismo de partes interessadas” (McKinsey) e a sua hora está definitivamente chegando.
Pensar estratégico e adotar políticas de longo prazo passam a ser, então, uma necessidade, não só para atender os interesses conciliáveis de todos stakeholders, mas como uma premissa de negócios sustentáveis e de visão de futuro. Uma oportunidade para uma reinvenção dos negócios, visto que há evidências crescentes de que as empresas que têm uma visão de longo prazo - e o capitalismo das partes interessadas exige isso - têm um desempenho melhor.
Em um estudo que analisou 615 empresas de capital aberto de grande e média capitalização dos Estados Unidos de 2001 a 2015, o McKinsey Global Institute descobriu que aquelas com visão de longo prazo superaram as demais em ganhos, receitas, investimentos e crescimento de empregos. Outra pesquisa da McKinsey concluiu que as empresas com fortes políticas ambientais, sociais e de governança registraram maior desempenho e classificações de crédito por meio de cinco fatores: crescimento da receita, custos mais baixos, menos intervenções legais e regulatórias, maior produtividade e investimento otimizado e utilização de ativos.
Por mais, o pensar estratégico e a visão de futuro criam um ambiente virtuoso e estimulante para os funcionários com benefício à inovação contínua e a atração e retenção de talentos.
Ignorar a evolução dos negócios como ecossistema, é aceitar que os concorrentes tomem a dianteira.
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Tão importante saber o que fazer, é o como fazer. Consulte a Vector Consultants.
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